Por Graciane Araújo (Cidade Verde)
A segurança no pleito de outubro foi discutida, nesta terça-feira (7), com membros da corte eleitoral no Piauí, integrantes do Comitê de Segurança das Eleições Municipais e forças de segurança estadual e federal. Sem citar as zonas eleitorais, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), desembargador Sebastião Ribeiro Martins, adianta que alguns juízes eleitorais já solicitaram o reforço de forças federais.
"É uma reunião de planejamento da segurança das eleições municipais. Todos os anos, a PM oferece um plano de segurança com as demais forças como Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, mas alguns juízes já estão pedindo forças federais, por se tratar de eleições municipais que são mais acirradas. Mas, primordialmente, quem tem que garantir a segurança é a Polícia Militar do Piauí. Só será convocada força federal que a PM comunicar que não tem condições plenas de dar segurança necessária nos 224 municípios. O juiz pode requerer, mas o Tribunal vai se reunir e temos que ouvir antes o governador do Piauí", explica o presidente do TRE-PI.
Neste ano, 2,6 milhão de eleitores vão às urnas no estado. Ao todo, são 3.562 locais de votação. De acordo com a Justiça Eleitoral, o Piauí não tem histórico de violência. No último pleito foram registradas sete ocorrências por tentativa de violar o sigilo do voto, três ocorrências por compra de votos, três ocorrências por transporte irregular de eleitores, três ocorrências por desordem e duas ocorrências de boca de urna.
O efetivo policial que vai atuar nas eleições ainda será definido. As fakes news e deepfakes estão na mira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que criou um centro de combate à desinformação, como também das forças estaduais de segurança.
"Em relação ao ambiente virtual e aos crimes virtuais também estamos colocando todo nosso aparato de tecnologia e inteligência à disposição do TRE para a gente coibir esse tipo de abuso", frisa Chico Lucas, secretário de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI).