Família de jovem preso por agressão em Assunção do Piauí pede direito de resposta e apresenta nova versão dos fatos

Assunção do Piauí – O caso envolvendo o jovem Antônio Gledson Alves Barbosa, de 20 anos, acusado de agredir e empurrar Gustavo Henrique Alves Pereira, de 22 anos, de cima de uma pedra em uma área de mata na comunidade Caldeirão, zona rural de Assunção do Piauí, ganhou novos desdobramentos após familiares do acusado se pronunciarem publicamente pela primeira vez.

O episódio aconteceu na tarde do dia 22 de março deste ano e chocou a comunidade local. Conforme informações iniciais, Gustavo teria sido vítima de agressão física e empurrado de um ponto elevado por Gledson, o que motivou uma investigação da Polícia Civil. O acusado foi preso cinco dias após o ocorrido e permanece detido desde então.

Agora, cerca de quatro meses após o fato, os pais de Gledson — o senhor Francisco das Chagas Alves Barbosa, de 46 anos, e a senhora Juverlene Alves Silva, de 40 anos — decidiram quebrar o silêncio e enviaram vídeos solicitando direito de resposta. Nos vídeos, o casal apresenta uma nova versão sobre o ocorrido e aponta que o filho estaria sendo chantageado por Gustavo.

Segundo Francisco das Chagas, pai de Gledson, Gustavo estaria em posse de conversas e vídeos íntimos do filho e teria utilizado esse material para chantageá-lo. “O Gledson compartilhou algumas conversas com o Gustavo, que se aproveitou disso para começar a fazer ameaças. Ele dizia que, se o Gledson não se aproximasse dele e não mantivesse um vínculo amoroso, divulgaria os prints nas redes sociais, como o Facebook. Infelizmente, o Gledson acreditou nas promessas de que, se cedesse à pressão e tivesse essa relação, tudo se resolveria. Eles chegaram a se envolver, e o Gustavo filmou o momento. Depois, passou a usar esse vídeo para afastar o Gledson das namoradas”, relatou o pai.

Após a prisão do filho, Francisco relatou que teve uma conversa com Gledson para tentar entender o que de fato havia acontecido. Segundo ele, o jovem revelou, emocionado, que vinha enfrentando dificuldades para contar a situação aos pais. “Pai, eu não tive coragem. Tentei várias vezes, mas não consegui falar sobre as imundícies que eu era obrigado a fazer com ele. Esse era o motivo de eu não conversar com você”, teria dito Gledson, de acordo com o relato do pai.

O pai também ressaltou o abalo psicológico enfrentado por Gledson. “Eu entendo o lado do meu filho. Ele é um jovem de mente frágil, passou por muito sofrimento psicológico. Sinceramente, eu não suportaria viver o que ele viveu — e acredito que nenhum ser humano em condições normais suportaria. Chegou a um ponto em que ele tomou uma atitude errada, sim, foi um erro. Mas antes de julgarem e condenarem, as pessoas precisam entender o que realmente aconteceu”, afirmou Francisco.


O caso segue sob investigação da Polícia Civil e aguarda os desdobramentos judiciais. A Justiça deverá analisar se há elementos suficientes para reclassificação da conduta e possível alteração na medida de prisão.

Enquanto isso, a população da comunidade Caldeirão acompanha de perto os desdobramentos do caso que dividiu opiniões e levantou importantes reflexões sobre violência, relacionamentos, privacidade e justiça.

Direito de Resposta 

O Portal São Miguel Agora foi o primeiro meio de comunicação a noticiar o fato ocorrido na comunidade Caldeirão, zona rural de Assunção do Piauí, envolvendo Gustavo Henrique e Antônio Gledson. Comprometido com a ética jornalística e o princípio da imparcialidade, o portal atende agora à solicitação de Direito de Resposta feita pela família do acusado, garantindo espaço para que sua versão dos fatos também seja apresentada ao público.

Gustavo Henrique Alves Pereira, de 22 anos

Leia reportagens sobre o caso: 


Jornalista Filipe Germano

Jornalista DRT 0002288/PI, Historiador, pós-graduado e editor chefe do Portal São Miguel Agora.

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